Oi. Meu nome é Mira, eu tenho 30 anos, e eu não tenho a intenção de te enganar. Muito pelo contrário! Quero te contar a minha experiência real como investidora iniciante para que você possa tirar as suas próprias conclusões sobre Investimentos.
Não vou falar sobre números aqui, porque, obviamente, não quero me expor, mas acredite, tem bastante sabedoria neste artigo. Também não vou fazer nenhuma promessa de enriquecimento, porque isso depende muito mais do seu trabalho e da sua forma de encarar o seu dinheiro, do que de qualquer fórmula mágica que queiram te vender.
Aliás, vamos deixar bem claro aqui. Eu não quero te vender nada!
Só quero te contar a minha história. Quem sabe você faz um bom proveito dela e tira algumas lições para a vida. E se de alguma forma, servir para você, por favor, passe ela adiante para que mais pessoas possam colher benefícios.
Hoje, 26 de março, fazem 100 dias que sou Investidora!
Antes de falar para vocês exatamente como me tornei investidora, preciso antes te contar como comecei a pensar no assunto e quais as fontes que eu estava seguindo.
O financiamento da casa própria que deu errado, ainda bem!
Meado de 2017 eu estava com a ideia fixa de comprar um apartamento. Tínhamos um dinheiro na poupança, a família ajudava com um pouco, tinha também o FGTS, e somando tudo dava a entrada para um apartamento bom numa região com grande potencial de valorização em São Paulo. Escolhemos o apartamento, negociamos um monte, pagamos a entrada para a construtora, acertamos o financiamento no banco, e nada da construtora liberar a documentação do apartamento para o banco.
Esse processo todo durou mais de 5 meses e no final, descobrimos que o imóvel não poderia ter sido vendido, em primeiro lugar. Resumindo muito a história, haviam questões judiciais entre a construtora e a prefeitura que impediam a venda, mas a construtora vendeu mesmo assim, de má fé, ou talvez, esperando resolver na justiça em pouco tempo, antes da aprovação do financiamento. No final, contratamos uma advogada que resolveu todos os nossos problemas com uma carta e em Janeiro de 2018 recebemos o nosso dinheiro de volta.
Atenção aos Detalhes do Financiamento: Juros de 9,5% a.a. por 30 anos + TR + taxa de Administração + seguro obrigatório, etc, dando um parcela absurda por mês, mas que a gente tinha condições de pagar, com um certo sacrifício.
Depois que a situação do apartamento passou, nos vimos totalmente estressados com a tentativa frustada de compra que desistimos totalmente da ideia de comprar um imóvel. Eu digo que Deus não permitiu porque sabia que não seria um bom negócio para a gente. Tanto não era, que logo depois da desistência, recebemos uma proposta para mudar de cidade e como não tínhamos plantado as raízes, aceitamos. No final, foi muito bom. Veja o Post Como deixar São Paulo mudou a vida da minha Família).
A fase da Dúvida e a Procrastinação
Nos vimos com o dinheiro na mão (um privilégio, eu reconheço) e, o mais importante de tudo, nenhuma dívida para pagar.
Agora você investe esse dinheiro, foi a ORDEM da minha mãe. Mas entre a ordem da minha mãe e eu realmente investir de verdade foi um processo longo, de aproximadamente 11 meses. Nesse tempo, sempre que podia pesquisava sobre investimentos, conversava com meu marido a respeito, e ensaiava abrir uma conta numa corretora.
Não demorou para eleger a Nathália Arcuri (do canal Me Poupe!) e o Thiago Nigro (do Canal Primo Rico) como meus professores de investimento. Mas mesmo assim, nenhuma coragem para dar um passo a frente e colocar o dinheiro no jogo.
Observação muito importante: Indico esses canais porque me ajudaram a entender muito o processo e as teorias de investimento, mas por favor, seja crítico e não vá acatar todos os conselhos que são dados neles.
A ficha só foi cair que eu já “estava pronta” para começar quando meu marido me pediu para cuidar do nosso dinheiro. Que isso poderia ser mais importante para a nossa família no médio prazo do que me preocupar em ganhar extras aqui e ali.
Eu confio em você e você é capaz!
Viagem ao Exterior, Dólar e Câmbio
Em Setembro do ano passado fizemos a nossa primeira viagem internacional – para os EUA. Essa viagem mudou nossa forma de pensar o mundo, e nos fez perceber que estamos num país de muitas oportunidades e muitos benefícios. Isso pode mudar em breve, mas ainda temos muitas regalias e seguranças trabalhistas que não existem lá. Por isso, as pessoas nos EUA são educadas para lidar com o dinheiro e poupar para o futuro e para as adversidades. Por outro lado, como os juros lá são bem baixos, as pessoas fazem dívidas atrás de dívidas sem se importar muito com o como e nem com o quando vão pagá-las. A sensação que tivemos é que eles estão sempre preparados para o pior, seja no campo financeiro, seja para a guerra, ou seja para um desastre natural.
E sejamos realistas, nós brasileiros acabamos nos tornando acomodados. Achamos que tem coisas que não podemos fazer nada a respeito e pronto. Que temos que trabalhar para pagar as contas, comprar uma casa e um carro financiados, e pronto. Sucesso!
E se perde o emprego, e se perde a casa, e se perde a saúde?
Nós brasileiros nunca estamos preparados para isso!!
A segunda parte da transformação da viagem tem relação com a compra de dólar e o câmbio. Eu comecei a pesquisar muito sobre o assunto e a acompanhar o mercado todos os dias porque queria fazer o melhor negócio na hora de comprar os dólares para a viagem. Acompanhava religiosamente já que estávamos em ano eleitoral, o mercado estava louco e o dólar muito instável.
Se quiser saber mais sobre câmbio, leia o post 11 dicas para Economizar ao Comprar Dolar para Viajar que publiquei no meu outro blog.
Foi estudando esse mercado e fazendo minhas compras em dólar para viajar que fui percebendo que quem tem conhecimento e quem se planeja tem o poder. Isso ficou evidente quando o dólar turismo bateu R$ 4,25 enquanto estávamos em NY, mas pudemos ficar mais tranquilos porque fizemos as nossas reservas a R$ 3,70 por dólar.
O START
Depois que voltamos de viagem ainda levou mais ou menos 3 meses para o Start. Abri uma conta na Rico, por recomendação de amigos, e escolhi um investimento de renda fixa que pagava 120% do CDI. Achei o máximo e coloquei incríveis 2% do patrimônio. Alguns dias depois estava decidida a tirar TODO o dinheiro da poupança, mas como tenho um perfil entre conservador e moderado, peguei 80% e coloquei no tesouro direto, 80% disso, na SELIC. O fator principal que me fez colocar no tesouro SELIC, mesmo rendendo 6,5% ao ano foi o fato de não saber quando iria precisar desse dinheiro.
Eu não tinha nenhuma meta. Eu só queria que o dinheiro estivesse em um lugar que eu pudesse acessar com certa facilidade no momento de uma emergência. Fui seguindo direitinho as fórmulas que fui internalizando ao longo do período de estudo.
Repetia como um matra: “Os princípios básicos dos investimentos são diversificação, rendimento, e tempo”. Ou seja, para ter um bom rendimento, preciso gerenciar os riscos e ter o tempo a meu favor. Quanto mais tempo puder deixar o dinheiro investido, melhor. Dessa forma, com o dinheiro da emergência já separado, coloquei os outros 20% em um Tesouro Prefixado com o rendimento de 9,5%.
Foi nesse momento que eu fiquei muito feliz e agradeci pelos problemas que tivemos com a compra do apartamento. Eu agora estava sendo credora do governo invés de ser devedora no banco, com a “mesma” taxa de juros.
Eu ainda tenho o sonho de comprar um imóvel, um apartamento ou uma casinha desenhada para as nossas necessidades, mas investir e passar por todo esse processo de financiamento me fez enxergar o quanto é melhor juntar mais dinheiro e ir investindo sempre para ajudar a potencializar os ganhos.
O papel do investimento é acelerar o seu ritmo de acúmulo. Portanto, é imprescindível que sejam feitos novos aportes. Aí entram também questões de disciplina, que confesso, nunca foram o meu forte. Resolvi desenhar um gráfico para mostrar o que estou tentando explicar:
BOLSA DE VALORES:
Nada rende tão bem quanto a renda variável. Tenho certeza que você já ouviu falar isso! E muita gente é iludida com essa afirmação. Para entrar na bolsa de valores é preciso ter coragem, ousadia e saber lidar bem com PERDAS. Sim, você vai perder dinheiro na bolsa. Principalmente se você é um iniciante, e mais ainda se você acha que pode ficar rico só movimentando as ações e não tiver o tempo disponível que a atividade exige. Essa movimentação de ações, o mercado chama de TRADE e nada mais é que especulação. O objetivo de vida do especulador é comprar na baixa e vender na alta. As vezes, num mesmo dia. Só isso, mais nada! Ou seja, o TRADER não tem vida! Não se iluda!
Antes de falar da minha relação com a Bolsa de Valores e das minhas características pessoais como investidora vou falar sobre os tipos de investimentos que são feitos em bolsa. Lembrando que eu não sou nenhuma especialista no assunto.
DAY TRADE
Negociação de compras e vendas de ações realizadas dentro de um único dia. Nesse caso o especulador tem que estar muito atento ao momento exato para a realização da compra e da venda das ações. Normalmente ganha bastante dinheiro no volume, pois compra muitas ações. Pode ter lucro de centavos por ação, mas vale a pena quando se tem muitas ações. Dizem que um excelente rendimento em day trade varia de 1 a 2% ao dia! Por outro lado o risco é altíssimo! Principalmente se você opera alavancado. (Pesquise sobre isso, eu não sei explicar direito o que é a alavancagem)
SWING TRADE
O swing trade também é uma estratégia de curto prazo, como o day trade, mas o especulador pode segurar as ações por alguns dias. Normalmente compra quando está com tendências de alta e vende também em alta. A ideia é aproveitar ao máximo a subida da ação e evitar assumir perdas.
BUY AND HOLD
O buy and hold, é literalmente, comprar e segurar. É uma estratégia de médio ou longo prazo em que o investidor ou investidora (note que não falei especulador) compra uma ação porque ele ou ela quer ser sócio(a) daquela empresa. Nesse caso a compra é fundamentada muito mais em parâmetros de crescimento das empresas e tendências do setor em que a empresa atua. Exige mais estudo na hora da compra, mas em contrapartida, o tempo que a pessoa precisa destinar para a atividade é bem menor, uma vez que normalmente os investidores fazem aportes mensais nas empresas de uma carteira estabelecida e só acompanham o crescimento dessa carteira.
Agora que eu expliquei as principais estratégias de investimento em bolsa de valores e ações, e você sabe que o meu perfil de investidora é entre conservador e moderado, me responda:
Eu invisto ou não em bolsa de valores e, se invisto, qual é a minha estratégia?
Os primeiros 100 dias como Investidora
Os primeiros 100 dias como investidora foi uma fase de aprendizado e amadurecimento. Cometi erros e também tive algumas conquistas.
Vou falar sobre os ganhos que tive (bons resultados no geral) mas primeiramente quero lhe falar sobre os erros que eu cometi.
Os Erros que Cometi como Investidora
- O meu primeiro investimento (LC com 120% do CDI) foi um erro. Apesar do número impressionar, 120% do CDI levando em considerações os números atuais do CDI, o rendimento real desse meu investimento está abaixo da SELIC e o dinheiro ainda ficou preso. Só posso retirar daqui a dois anos. Ainda bem que é só 2%.
- Tirar todo o dinheiro da Poupança – Esse mês nós tiramos férias e acabei perdendo de vista um pouco a questão financeira. Fizemos alguns pagamentos altos no débito e quando caiu o cartão de crédito não tínhamos o valor total. Ficamos um pouquinho no vermelho por três dias, mas foi o suficiente para me deixar irada comigo mesma, que devia ter deixado uma reservinha na poupança para situações como essa. Não ia vender nada para cobrir esse pouquinho que ficamos no vermelho, mas também não tinha de onde tirar de imediato.
- Começar em Dezembro – Isso vai complicar a minha declaração de IR. Se eu tivesse esperado mais um mês, deixava essa preocupação para o ano que vem.
- Comprar ações sem saber a diferença entre ações preferenciais e ordinárias – Eu estava empolgada, só queria começar a investir na bolsa que estava subindo demais e não me atentei para essa diferença significativa. Agora eu já penso um pouquinho melhor antes de fazer novas compras.
E agora, os resultados bacanas que obtive:
- Saí da Inércia: O mais importante para mim foi que nesse período eu saí da inércia e comecei a tomar mais conta do dinheiro e usá-lo com mais sabedoria. Estou fazendo o dinheiro trabalhar para mim, mas por enquanto, ele está mais para um funcionário preguiçoso do que para um funcionário de alta performance. Vale a pena lembrar que o montante não é grande, então no começo, iremos mais devagar mesmo. Vou focar em corrigir alguns erros e ir com cautela colocando tudo nos trilhos.
- Com o dinheiro protegido eu controlo melhor o meu impulso consumista. Mudei o meu pensamento. Hoje penso primeiro em poupar e depois em gastar.
- Me decidi por uma estratégia depois de estudar bastante e escutar diversos pontos de vistas de diversos investidores e investidoras sobre o tema. Acumular patrimônio para podermos fazer grandes investimentos no futuro virou a meta. E essas coisas grandes para a gente são Imóveis, Estudar no Exterior, MBA, etc.
- Crescimento de 13,8% no Patrimônio Total Investido.
Vamos falar de ganho real…
Calcular o ganho real para mim ainda é um pouco complicado. Os valores que são mostrados na plataforma da rico para o tesouro direto, por exemplo, são os valores de mercado. Ou seja, quanto estão pagando hoje por aquele título que eu tenho e não o quanto meu dinheiro rendeu até lá. Isso inquieta um pouco as pessoas, mas a questão do Tesouro é: Resgate o dinheiro no vencimento dele com aquela rentabilidade acordada e pronto.
Então, vou falar de renda variável, ok?
Respondendo a pergunta que fiz lá em cima…
SIM! Eu tenho ações! E essas ações correspondem a 17% do patrimônio total.
Considerando apenas as ações, tive um aumento de patrimônio de 24% em 100 dias. Mas posso dizer que o ganho real hoje está em 7%. Ou seja, meu patrimônio cresceu, mas cresceu mais porque fiz novos aportes do que com retorno de investimento. No entanto, 7% em 100 dias ainda é um número bom, muito bom se compararmos, por exemplo, com a SELIC que não chega a render isso em um ano. A ideia é tentar manter esse ritmo ao longo do ano.
Como o ganho real está diretamente atrelado ao mercado, esse valor de ganho real flutua demais. Em janeiro, por exemplo, o IBOVESPA teve alta de 10,8%, mas em Fevereiro, perda de 1,86%. Para março, a tendência é uma leve alta, se não for muito afetado pela forte queda nos últimos dias após bater um record histórico, os 100 mil pontos.
A minha estratégia de investimento na bolsa de valores, como você já deve ter imaginado, é o Buy and Hold. Descobri que combina muito mais com o meu perfil de investidora, com o tempo que tenho disponível para estudar o mercado e operar na bolsa e com uma questão mais filosófica minha, de querer ser sócia de verdade das empresas que invisto. Então, para escolher uma ação para comprar eu não analiso apenas a tendência do mercado, mas também me preocupo com o ramo da empresa, com a sua dívida, acompanho os resultados que liberam, etc. Dessa forma, eu sinto que estou ganhando pela Produtividade e não somente pela especulação. Ainda não fiz nenhuma venda de ações porque a minha carteira está indo bem. Tenho uma ação que no momento estou gerenciando perdas, mas ainda não é o momento de vendê-la.
Agora, considerando o Patrimônio Total Investido, tive um CRESCIMENTO de 13,8% em 100 dias! A meta é manter ou aumentar essa taxa de crescimento, sempre fazendo aportes. Mas não se impressione com esse número e nunca confunda crescimento com rentabilidade!
Atualização:
Conclusões e conselhos finais sobre Investimentos:
Me tornar investidora não foi fácil, e não é uma tarefa para quem não está empenhada. Mas, se você chegou até aqui nesse artigo, você tem a garra necessária. Se você não tiver dívidas, aconselho que comece a investir todos os meses e a pensar na sua aposentadoria também. Agora, se você tem alguma dívida ou algum financiamento, minha dica é pague tudo o mais rápido possível, e só depois pense em investir.
Estude bastante, busque referências confiáveis, sempre pensando em quem é o cliente da pessoa que você está tomando como referência. Se a sua resposta não for, EU, filtre tudo que você escuta dela. Estou te dizendo isso porque SIM, existe muita gente querendo fazer “pobre se ferrar querendo ficar rico” e eu não quero que você seja enganado por nenhuma promessa de prosperidade. A prosperidade vem do seu trabalho e do seu esforço pessoal em se capacitar. Invista primeiro em você! Para que possa ganhar mais e guardar mais. Por fim, meu conselho final para você é: Encare o retorno do investimento como um Bônus e não como um Pró-Labore. Trade é só para quem tem muito dinheiro e nenhum medo de perder um pedacinho. Não queira entrar em briga de cachorro grande.
Falando em cachorro, fica aqui uma dica extra e de graça para você: Se você quer investir e o seu perfil não é de especulador, conheça o Bastter. Uma plataforma/rede social freemium de investidores e investidoras com uma filosofia muito bem definida. Eles também são recomendados pela Rico, que tenho aprovado como corretora e admirado o trabalho, com relação a produção de conteúdo.
5 Comments
[…] além de sentir um esgotamento mental e profunda tristeza, você fica incapacitado de produzir e gerar riqueza a partir do seu trabalho. Sem falar que vai direcionar ao consumo, as suas satisfações pessoal. Daí a pobreza e a […]
Ótimo post Mira! Sempre achei essa coisa de investimento, bolsa de valores e ações tudo muito confuso mas, seu conteúdo é muito leve e descomplicado. Obrigada pela sinceridade em seu relato e de bônus, as dicas para quem pensa em investir. Muito boa sorte no seu empreendimento. 🙂
Alexandra, a gente tem que ser sincero sempre! E crítico. Não dá para se deixar levar pela história do outro. Cada história é uma história e temos quem conhecer várias e aproveitar aquilo que é importante para a gente. Fico feliz em saber que consegui deixar esse tema denso mais leve e descomplicado. Obrigada pelas palavras! Um beijo!
[…] A ideia é a mesma de investimento, são os aportes que fazem o seu patrimônio crescer em menos tempo! Para saber mais sobre isso, leia o post Investidora iniciante: primeiros 100 dias. […]
[…] Comecei a investir dinheiro em dezembro de 2018, depois de uma tentativa de financiamento de um imóvel frustada. Leia essa história no artigo: meus primeiros 100 dias como investidora. […]